O Pix transformou a forma como brasileiros lidam com dinheiro. Em segundos, valores altos ou baixos mudam de conta, rompendo fronteiras de horário e reduzindo barreiras. Mas essa agilidade também expôs usuários e instituições financeiras a ameaças que, até pouco tempo, pareciam ficção. Ataques de hackers, vazamentos e fraudes digitais chegaram a outro patamar, provocando prejuízos na casa dos bilhões.
Como o ataque hacker sacudiu o Pix no Brasil
Imagine acordar e descobrir que mais de meio bilhão de reais simplesmente desapareceram, escoando para dezenas de contas e sumindo antes que qualquer sistema soasse o alarme. Foi isso que aconteceu em julho de 2025, quando um ataque cibernético mirou a C&M Software, responsável por conectar bancos ao Banco Central e viabilizar as transferências instantâneas do Pix. O desfalque: mais de 540 milhões de reais, segundo reportagem da Associated Press.
O ataque não buscou furar diretamente a fortaleza do Banco Central. A ação explorou uma brecha nos sistemas terceirizados. Credenciais de segurança foram capturadas com técnicas sofisticadas de engenharia social, mostrando que nem sempre a porta principal é o alvo.
Ninguém imagina que um simples acesso pode custar milhões de reais em minutos.
- Movimentação: Mais de 540 milhões desviados;
- Reação rápida: 270 milhões bloqueados em contas suspeitas;
- Ataque articulado: Suspeito era funcionário do próprio fornecedor de tecnologia.
Esse episódio chocou o mercado e acendeu alertas em todo o sistema financeiro nacional. Mas não foi um caso isolado.
Em paralelo, a América Latina atingiu taxas recordes de ataques do tipo; o Brasil lidera, com instituições financeiras enfrentando ofensivas diárias, inclusive ransomware. Entre bancos e fintechs, cerca de 79% foram vítimas nos últimos 12 meses - uma estatística preocupante.
Onde está a vulnerabilidade: terceirização e falhas humanas
O caso da C&M escancarou um fato desconfortável: fornecedores terceirizados muitas vezes não possuem os mesmos padrões de cibersegurança dos grandes bancos. Pequenas falhas, um treinamento insuficiente ou a simples curiosidade de alguém de dentro podem ser o suficiente para quebrar linhas de defesa antes consideradas sólidas.
Outro fator é a engenharia social - técnicas que manipulam funcionários para revelarem senhas ou credenciais sem perceber. Não são apenas códigos e firewalls que protegem o sistema. Pessoas bem treinadas, processos claros e políticas rígidas de senhas e acessos podem fazer toda a diferença.
O papel do Banco Central e as respostas regulatórias
Após o incidente, o Banco Central agiu rápido. Suspendeu as operações de parte da C&M Software e comunicou publicamente o vazamento. Mais do que barrar a saída de dinheiro, a decisão também mirou restaurar a confiança em todo o sistema Pix.
Em paralelo, a divulgação de vazamento de mais de 25 mil chaves Pix, mesmo não contendo dados sensíveis, serviu como base para novos golpes de phishing. Fraudadores passaram a usar informações cadastrais para criar comunicações falsas ainda mais convincentes.
A regulação, aliada à cooperação entre bancos e órgãos policiais, ganhou força. Cresceu também a pressão para que empresas transparentemente adotem soluções robustas, com auditorias frequentes e relatórios detalhados.
Gestores atentos passaram a buscar plataformas como o Number, que centralizam fluxos financeiros e reforçam barreiras de controle, promovendo desde o armazenamento seguro de dados até integrações via API com monitoramento em tempo real de movimentações suspeitas.
Quem está por trás: perfis e motivações dos criminosos digitais
Nem todo invasor de sistemas segue o mesmo perfil. É um erro imaginar a figura clássica do jovem de capuz solitário no quarto escuro. No universo das fraudes financeiras, os perfis variam:
- Infiltrados internos: Pessoas de dentro, como o caso do funcionário da C&M, atraídas por ganhos rápidos e conhecedoras dos processos;
- Grupos organizados: Equipes estruturadas, com funções distintas, especializadas em engenharia social e golpes coordenados a nível internacional;
- Mercenários digitais: Contratados para vazar, sabotar ou vender acesso a sistemas sensíveis.
O elo mais fraco pode estar sentado no computador ao lado.
Estatísticas do Data Breach Investigations Report 2025 apontam que o setor financeiro é o segundo mais visado do mundo, atrás apenas do de saúde. Entre novembro de 2023 e outubro de 2024, foram registradas mais de 132 mil tentativas de ataque no Brasil - cerca de duas por instituição do setor, por dia.
Fluxo do ataque: como agem os criminosos digitais
A cadeia de um ataque hacker ao Pix costuma seguir um roteiro, nem sempre linear:
- Identificação de alvos vulneráveis (instituições terceirizadas, APIs desprotegidas, funcionários sem treinamento);
- Engenharia social para obtenção de acessos ou senhas;
- Invasão silenciosa, com movimentação lateral (busca por credenciais privilegiadas e preparação para exfiltração de dados);
- Transbordo de valores ou dados pessoais para contas de “laranjas”;
- Desova do dinheiro, com pulverização de transferências para dificultar rastreamento.
Segundo levantamento da Palo Alto Networks, em quase 45% das invasões, dados sensíveis são exportados em menos de um dia após o ataque - a janela para reagir é curtíssima.
Proteção de dados: prioridade para instituições e usuários
Diante desse cenário, a proteção de dados nunca foi tão valorizada. Instituições financeiras passaram a revisar políticas de acesso, reforçar barreiras e integrar ferramentas para detecção automática de comportamentos fora do padrão.
Ao mesmo tempo, o usuário comum virou alvo de mensagens falsas, sites inseguros e tentativas de phishing crescentes. Por isso, atenção redobrada a cada e-mail, SMS ou ligação recebida se tornou rotina.
O Number oferece recursos como fluxos de aprovação, rastreamento detalhado de movimentações e integração com sistemas de criptografia compatíveis com LGPD. Tudo isso torna o gerenciamento de múltiplas empresas menos arriscado, direcionando o olhar para prevenção antes que o problema aconteça.
Investir em cibersegurança: como mitigar riscos futuros
Combinando tecnologia, análise de comportamento e protocolos rígidos, é possível - ainda que não totalmente garantido - reduzir a superfície de ataque e dificultar a vida dos criminosos.
- Treinamento regular de equipes;
- Políticas de senhas fortes e autenticação de dois fatores;
- Monitoramento em tempo real de transações atípicas;
- Auditorias externas periódicas;
- Engajamento com plataformas modernas, como Number.
O processo nunca será infalível, mas, ao fortalecer a cultura de segurança - de cima a baixo, envolvendo desde o CEO até o estagiário - o risco de danos cai vertiginosamente. Segurança é sempre um trabalho em progresso.
Resposta coordenada: bancos, regulação e polícia
Nada disso funciona se as instituições não atuarem em conjunto. O caso do desvio bilionário no Pix mobilizou rapidamente Banco Central, fornecedores de tecnologia, departamentos de compliance e até a Polícia Federal. Bloqueio de valores, rastreamento de contas suspeitas e, claro, comunicação transparente com a mídia e população foram elementos-chave.
A cooperação é o único caminho possível. E, para o usuário, é fundamental estar atento aos avisos de privacidade e termos de uso das plataformas utilizadas, como os termos do Number.
Conclusão
Os ataques digitais, especialmente quando envolvem fraudes financeiras e desvios bilionários pelo Pix, deixam cicatrizes profundas em todo o ecossistema econômico brasileiro. Enquanto hackers sofisticam métodos e buscam novas vítimas, cabe a cada instituição - e a cada usuário - agir. A segurança começa no detalhe, seja no botão que se clica, na escolha de parceiros de tecnologia, ou nas ferramentas usadas para gerenciar finanças. Conheça o Number, teste grátis por 7 dias e perceba, na prática, como centralizar o controle financeiro pode ser o início de uma nova postura contra ameaças digitais.
Perguntas frequentes sobre ataque hacker no Pix
O que é um ataque hacker no Pix?
Trata-se de uma invasão, geralmente digital, em que criminosos acessam sistemas ligados ao Pix (diretamente ou via terceiros, como fornecedores de tecnologia) para obter credenciais, desviar valores ou roubar informações. Esses ataques usam técnicas desde exploração de falhas técnicas a manipulação de pessoas para obter acesso indevido.
Como proteger meu Pix de hackers?
Mantenha o aplicativo do banco e o sistema operacional sempre atualizados, ative autenticação em dois fatores, utilize senhas fortes (nunca repita senhas entre apps), desconfie de ligações, e-mails ou SMSs suspeitos e confira URLs antes de clicar. Além disso, monitore movimentações e denuncie qualquer atividade estranha imediatamente.
Quais sinais de invasão hacker no Pix?
Desconhecimento de transações feitas em sua conta, recebimento de notificações por transferências que você não realizou, dificuldades para acessar seu aplicativo bancário, mensagens ou ligações solicitando dados bancários e mudanças de senha sem sua autorização podem indicar invasão.
Hackers conseguem desviar grandes valores pelo Pix?
Sim. Há casos documentados em que milhões de reais foram desviados em ataques bem coordenados, especialmente explorando vulnerabilidades em sistemas terceiros ou a partir de acessos internos. O monitoramento ágil e políticas de segurança robustas são fundamentais para impedir danos maiores.
O que fazer após um ataque hacker?
Avise imediatamente o banco, registre um boletim de ocorrência e notifique a instituição do Pix. Solicite o bloqueio preventivo da conta, revise senhas e monitore suas movimentações. Utilize ferramentas de gestão financeira, como o Number, para rastrear qualquer movimentação incomum e aumentar sua segurança.